

CASA MADRE
Com 73 m², a Casa Madre foi concebida por Gabriel Magalhães para ser o lar de uma mulher contemporânea, criativa e protagonista da própria história. O projeto preserva piso, teto e paredes originais, agora descascadas para revelar as marcas do tempo, mantendo viva a memória do antigo convento. É um espaço que dialoga com o passado sem abrir mão da liberdade e da ousadia do presente.

A composição parte de um manifesto estético que une funcionalidade, acolhimento e poesia visual. Um volume curvo e vibrante quebra a linearidade, simbolizando a fluidez dos sonhos e da vida atual. O tom terroso da entrada contrasta com a leveza do banheiro, onde o chuveiro despenca do teto sob um pé-direito alto, criando uma atmosfera de liberdade e contemplação.


Distribuído em sala, cozinha e quarto com banheiro, o loft é um exemplo de arquitetura viva. A marcenaria alterna tons claros e escuros, criando harmonia com o assoalho e o teto originais. Portas e janelas preservam o aspecto descascado e se abrem para o pátio interno do convento, oferecendo uma vista única para a igreja. No chão, o degrau de dormente reaproveitado traz materialidade e memória ao espaço.


A Casa Madre é mais do que um refúgio. É um manifesto sobre a potência do viver contemporâneo com raízes profundas na ancestralidade. Um espaço que abraça a história e transforma cada detalhe em um gesto de autonomia, liberdade e beleza.


Projeto: Gabriel Magalhães.


Fotografia: Denilson Machado.

