Móveis sustentáveis: a floresta que vira design  

Já pensou ter em sua casa um pouco da beleza exuberante da Floresta Amazônica? Os móveis de madeira sustentável produzidos pela Areka’a carregam a energia da mata e têm o poder de transformar um ambiente. Com a proposta de explorar o design biofílico, cada peça possui um desenho único e em perfeita harmonia com a natureza.

Da imaginação da designer e fundadora da marca, Carla Garcia, uma tora vira um banco, uma mesa, um sofá, um balanço… É a materialização do conceito do design biofílico, ou seja, reconectar o homem com a natureza em ambientes construídos por ele.

Os balanços Opuyaru são de madeira cumaru e corda naval trabalhada em macramê 

“Acreditamos que o amanhã será pautado pela harmonia da relação do homem com a natureza. Por isso, a Areka’a respeita esse elo, essa poderosa interação”, explica Carla. “Trabalhamos a madeira de árvores caídas em nossa fazenda na região Amazônica. São espécies como a itaúba, o cumaru e a sucupira preta, que já cumpriram seu papel na natureza.”

Amigo da mata

A palavra Areka’a, que nas línguas do Xingu significa amigo da mata, sintetiza o espírito da marca. Para entender a sua essência e o seu trabalho, imagine adentrar a Floresta Amazônica, caminhar entre suas árvores e, de repente, encontrar uma itaúba caída no solo. É isso que a designer e sua equipe fazem quando saem em busca de matéria-prima.

À primeira vista pode parecer algo ruim. “Não é!”, assegura Carla. “Na verdade, é um presente, uma dádiva divina. Reconhecemos que essa itaúba já realizou o seu papel no ciclo de vida e agora pode virar arte pelas mãos humanas.” Assim, a Areka’a transforma essas madeiras preciosas em móveis de madeira sustentável que valorizam as formas e as cores da natureza.

A designer Carla Garcia, na mata, junto a uma árvore caída; fotos do meio e à direita: o banco Onda trabalhado na madeira cumaru

Após o resgate dessas árvores, no ateliê da Areka’a, que fica próximo à cidade de Sorriso, no Mato Grosso, os móveis ganham forma. Das mãos habilidosas do artesão Justo Belo, com experiência de mais de 20 anos trabalhando a madeira, o desenho de Carla sai do papel e a mágica acontece. Nascem peças inspiradas, por exemplo, no rio matogrossense Von Den Steinen, nas tribos do Xingu ou no arquiteto Oscar Niemeyer, que vão integrar ambientes internos ou áreas externas.

Processo de execução da dupla Garden Yamuri e Jawari: do desenho à escultura e acabamento

Acabamento exclusivo

“Empregamos técnicas exclusivas de acabamento, que conferem às peças uma textura aveludada, linda de ver e deliciosa de tocar”, observa a designer. Vale destacar que todo o processo de trabalho da Areka’a segue as práticas e os três princípios do manejo florestal: ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo.

Bar Galeria e Garden Yamuri e Jawari: mobiliário da Areka’a segue os princípios do manejo florestal

Entre os mais recentes projetos com peças da Areka’a, estão três ambientes da próxima CasaCor São Paulo, que inaugura no final deste mês, e dois espaços que o arquiteto João Armentano está repaginando no Hotel Unique, em São Paulo. Na CasaCor, as peças integrarão os projetos dos arquitetos paisagistas Mônica Costa, Luciano Zanardo, e Luciana Bacheschi e Gabriela Pileggi (da empresa Jardineiro Fiel) – uma ótima oportunidade para conhecer os móveis de madeira sustentável da marca, que tem um showroom na Vila Madalena, em São Paulo.

Banco Niemeyer, em itaúba: inspiração nas curvas das obras do grande mestre