

RESTAURANTE CASA BURITI
No coração da CASACOR São Paulo 2025, Fernanda Rubatino apresenta o Restaurante Casa Buriti, um refúgio sensorial de 260 m² que transcende o conceito tradicional de restaurante e propõe uma experiência emocional, arquitetônica e afetiva. Em meio ao verde do Parque da Água Branca, o ambiente é um convite ao desacelerar. A luz natural preenche suavemente o espaço, atravessando aberturas pensadas para favorecer a ventilação cruzada e o conforto térmico. Os painéis de vegetação viva e os elementos naturais evocam uma conexão direta com a terra, os ciclos e os sentidos.

A paleta de cores traz a alma do cerrado: terracota, verdes musgo e um azul profundo como o céu antes da chuva. Essa composição cromática se une a texturas naturais, como madeira, palha e couro, num abraço visual e tátil que ecoa saberes ancestrais. O mobiliário foi escolhido com esse cuidado — entre eles, destaca-se uma poltrona com trançado artesanal em couro, desenhada por Igor Santos para a Salva, que homenageia a tradição da cestaria indígena e a sabedoria manual que atravessa gerações.


Em sintonia com o propósito do espaço, a cozinha é comandada pelo coletivo Mesa Viva, que propõe uma gastronomia consciente, voltada ao uso de ingredientes sazonais e de origem local. A experiência de estar ali não se limita à refeição: o restaurante é também um respiro, uma pausa delicada em meio à rotina acelerada, um lugar onde os sentidos são chamados a se expandir.


A parceria com a Evviva trouxe ainda mais significado ao ambiente, com a utilização da cor Cerrado nos mobiliários e a presença do móvel Leggera, que exibe portas de vidro e estrutura leve, refletindo os conceitos de leveza, transparência e circularidade que sustentam a narrativa do projeto. Nada ali é gratuito: tudo carrega sentido.


O nome do espaço é uma ode ao buriti — árvore símbolo de abundância e sabedoria para diversas culturas indígenas brasileiras. A Casa Buriti reverencia essa simbologia ao criar um espaço que acolhe, nutre e inspira. Fernanda Rubatino não apenas projetou um restaurante: ela semeou uma experiência de afeto, design e memória. Como num ritual cotidiano, cada refeição ali se transforma em um gesto de encontro, entre pessoas, histórias e territórios.
















Fotografia: MCA Estúdio