Conheça os 10 espaços comerciais da mostra de arquitetura CASACOR
A CASACOR, mostra de arquitetura, decoração, paisagismo e arte no icônico Conjunto Nacional, traz mais uma novidade nesta 37ª edição: acesso gratuito aos espaços gastronômicos e lojas, tanto no início quanto no fim do percurso.
Uma oportunidade de conhecer soluções criativas e inovadoras, ter novas experiências, além relaxar e fazer umas comprinhas. Confira os destaques em cada um deles da mostra de arquitetura até o dia 28 de julho.
Ristorantino, por Guardini Stancati Arquitetura e Design
Impossível não olhar para cima ao adentrar o salão do Ristorantino. O teto paramétrico é o diferencial do ambiente criado pela equipe do Guardini Stancati Arquitetura e Design, feito a partir da inteligência artificial com os softwares Rhino e Grasshopper, que utilizam parâmetros e algoritmos para gerar formas e estruturas, onde não existe nenhuma sequência lógica nem previsível. Cada curva é única e não se repete. Inspirado pela fusão entre a tradição italiana e a inovação contemporânea, o restaurante oferece atmosfera impactante.
Um grande sofá com 36 metros lineares circula todo o ambiente onde as mesas estão distribuídas. Essa peça desenhada pelos arquitetos que dão o nome ao escritório, é feita de marcenaria e funciona como um grande canto alemão que comporta mais de 54 pessoas sentadas, dos 93 lugares disponíveis. O projeto foge da monotonia e a previsibilidade ao combinar formas – mesas redondas, ovais, quadradas, maiores e menores – e texturas – materiais como madeira, pedra natural quartzito blue deep, papel de parede que imita a palha e tecidos.
Fotos MCA Estúdio/Divulgação
Bar secreto, por Rafa Zampini
O arquiteto Rafa Zampini convida para uma pausa na agitação no bar speakeasy Adorado, um espaço intimista com inspirações do cinema e da arte, mas também provocativo, colorido e acolhedor, que instiga os sentidos. Operado pelo Guilhotina, o ambiente é ideal para conversar baixo ao som de boa música em lounges privativos. O palco móvel para pequenas apresentações, as luzes que geram cenários diversos e o balcão esculpido em mármore ditam a atmosfera. Assinados pelo arquiteto, os móveis atemporais ganham a companhia de peças de couro, espelhos e das pinturas realistas do artista Lucio Carvalho.
Fotos Carlos Oliver/Divulgação
Café Isabela Akkari, por Flavia Burin e Bruna Moretti
“A inspiração é o próprio céu, fazendo referência à nossa futura morada. O hoje é um presente para refletirmos e pensarmos no que faremos no futuro. Por isso, a ideia foi criar um ambiente que valoriza o belo e traz um olhar de esperança por meio de tons acolhedores, panos em formatos fluidos e espaços para gerar conexão”, explica a arquiteta Bruna Moretti que, juntamente com Flavia Burin, do Studio HA, assinam o espaço.
Para o mobiliário, a dupla selecionou peças que mesclam os estilos clássico e contemporâneo. Outro destaque é a obra do artista Arthur Grangeia, que fez um grande painel de azulejaria pintado à mão (5 x 2 m), composto por 90 molduras independentes de 30 x 30 cm cada.
Fotos MCA Estúdio/Divulgação
Bar Caracol, por Gabi Prado
O ambiente Refúgio Ancestral marca a estreia da arquiteta Gabriela Prado na mostra de arquitetura e teve como foco a estrutura do teto, reinterpretando os antigos vitrais da construção paulista. Para trazer dinamismo ao espaço, que originalmente tinha formas quadradas, a arquiteta apostou no layout fluido, no desenho orgânico no piso, com três tipos de revestimentos em dois tons de cinza e um de azul, no painel ripado curvo que dá movimento e no sofá projetado pelo renomado designer egípcio Karim Hashid.
Fotos: Rafael Renzo/Divulgação
Restaurante Badebec, por Johnny Viana
Comandado pela chef Lourdes Bottura, o restaurante oferece uma fusão de culinária contemporânea com influências regionais e comfort food. Foi essa a essência que Johnny Viana buscou traduzir na arquitetura, criando um espaço que harmoniza aconchego, contemporaneidade e sustentabilidade. O layout funcional privilegia a funcionalidade do restaurante e, ainda, o conforto e bem-estar.
O arquiteto trouxe dois grandes arcos no salão do restaurante, inspirados no formato das asas das abelhas, além de outros elementos que criam a sensação da presença das abelhas, relembrando a importância do trabalho delas para o equilíbrio do meio-ambiente.
Fotos Henry Lopes/Divulgação
Bardega, por Fragmento Arquitetura
Com uma arquitetura que remete à elegância das adegas tradicionais, o Terra Vinum destaca-se pela utilização de materiais orgânicos e sustentáveis, que criam uma atmosfera autêntica e acolhedora. Além das madeiras certificadas provenientes de reflorestamento, os arquitetos Andresa Frutuoso de Souza, Rudolf Andreas Riederer, Stephanie Lavos e Felipe Alves de Oliveira buscaram minimizar o impacto ambiental ao optar por materiais de baixo impacto ecológico em sua construção. A integração de elementos orgânicos, como plantas nativas, fungos e pedras, não apenas promove uma conexão com a natureza, mas também com a natureza, mas também reforça o compromisso com práticas sustentáveis.
Fotos MCA Estúdio/Divulgação
Loja da Feira na Rosenbaum, por Blaia e Moura Arquitetos
A dupla de arquitetos Lucas Blaia e Bruno Moura apresenta o ambiente ‘A Resposta’ para a loja da Feira na Rosenbaum, que comercializa grande variedade de peças, objetos e acessórios feitos à mão, produzidos por cerca de 70 criativos de diferentes regiões do país. Respeitando a arquitetura modernista do Conjunto Nacional e inspirado na brasilidade, quatro diferentes pilares foram pensados para o ambiente: arte, casa brasileira, Amazônia e ancestralidade.
Para equilibrar os elementos de decoração de forma harmônica com as peças selecionadas para loja, os profissionais mantiveram a base neutra no piso e nas paredes, além da escolha de prateleiras brancas e em vidro. O restante da paleta do projeto foi inspirado na exuberância da natureza tropical, trazendo tons terrosos e toques de cores quentes que remetem aos ambientes naturais.
Fotos Rafael Renzo/Divulgação e MCA Estúdio/Divulgação
Livraria Unisaber, por Marina Salomão
Batizado de Sertões do Saber, o espaço criado por Marina Salomão, é envolvido por estantes do piso ao teto, possui áreas de leitura e tem como inspiração o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha. Um dos destaques é o grande pilar central revestido em sisal, vindo do sertão da Bahia, que convida ao toque. O uso da madeira é outra aposta, misturando diferentes tons e texturas em móveis prontos e sob medida. A madeira emoldura o pilar, criando espaços adicionais para as obras.
Fotos Rafael Renzo/Divulgação
Ótica Gustavo Eyewear, por Eduardo Baldelomar
Veterano da edição da mostra de arquitetura na Bolívia, o arquiteto Eduardo Baldelomar, traz a inspiração da natureza exuberante de seu país para o ambiente denominado Ceiba Camba, para a ótica Gustavo Eyewear. O pórtico de ingresso ao ambiente é marcado por um mural de grande dimensão, assim como outra peça ao fundo, ambos desenhados por Eduardo Baldelomar e construídos em mosaico com cerâmica reciclada pelo artista autodidata e engenheiro químico, também boliviano, Andrés Fenix.
As criações protagonizam o espaço marcado pela multiplicidade de cores, pelas formas orgânicas e pelos jogos com a iluminação. No interior da ótica, um sofá articulado, disposto na área central, amplia o conforto, juntamente com duas estações de trabalho ao fundo. O toque final fica por conta do colorido no tapete Ceiba Camba, de formas orgânicas, assinado pelo próprio Eduardo e executado pela By Kamy. A peça, inspirada na semente da árvore, é totalmente sustentável, elaborada com resíduos de outros tapetes.
Fotos Ricardo Abreu/Divulgação.
Espaço Brennand, por Renata Patelli Arquitetura
O projeto resgata as origens da cerâmica, enquanto destaca a conexão entre arte, natureza e sustentabilidade, e homenageia os artesãos envolvidos na atual produção da Cerâmica Brennand e a memória do artista Francisco Brennand (1927-2019). No centro, encontra-se o espaço forno; um ambiente que concretiza a transformação de um elemento altamente mutável: o ovo. Símbolo recorrente da marca Brennand, o ovo representa a vida e desempenha um papel importante na representação do processo cultural de transformar algo inanimado em algo vivo. Aqui, ele aguarda para ser cozido, como se estivesse incubando algo novo. Os expositores foram projetados como os espaços vazios na argila de onde a matéria-prima para a fabricação da cerâmica foi extraída. As peças finais são exibidas nos nichos restantes, em um arranjo contemporâneo com tratamento e iluminação semelhantes aos de uma galeria de arte.
Fotos MCA Estúdio/Divulgação